0 As Gémeas + Opinião
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2 estrelas,
Saskia Sarginson
Isolte e Viola são gémeas. Inseparáveis durante a infância, tornaram-se adultas muito distintas: Isolte é uma redatora de sucesso numa revista de moda, tem um namorado fotógrafo e um apartamento em Londres; Viola é uma pessoa desesperadamente infeliz e luta há muitos anos contra um distúrbio alimentar.
O que terá acontecido no passado para que as gémeas seguissem caminhos tão diferentes nas suas vidas? À medida que as duas irmãs começam a esclarecer as tragédias de um verão meio esquecido, segredos terríveis do passado vêm à tona, ameaçando apoderar-se das suas vidas…
Género: Romance/Mistério
Páginas: 288
Original: The Twins (2013) [Goodreads] [Wook]
opinião
êê(2/5)
Não recomendo - há livros bem melhores à nossa espera!
Há pouca coisa a impedir As Gémeas de fazer parte do meu clube «1 estrela». Não achei a história interessante e parte desta minha falta de interesse foi influenciada pela forma como a autora optou por a contar. A narrativa foi entregue às duas irmãs gémeas que partilham os seus diferentes pontos de vista tanto em relação ao presente como às recordações do passado, o que acaba por tornar a leitura confusa, lenta e, por vezes, entediante.
Não simpatizei com nenhuma das personagens, nem mesmo com Viola que passa um mau bocado quando um erro inocente acaba por a separar da mãe, da irmã e do rapaz de quem gostava.
Com partes desnecessariamente violentas e outras partes em que não está realmente a acontecer nada, a narrativa arrasta-se com muito pouca fluidez para um final bastante insatisfatório.
0 O Cavalheiro Inglês {Livros Dezembro}
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Carla M. Soares,
Lançamentos
PORTUGAL. 1892.
Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia. Os ingleses que permanecem em Portugal não são amados.
O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.
Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa descrição recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família orgulhosamente portuguesa.
Editor: Marcador (Dezembro, 2014)
Género: Romance
Páginas: 400
✏ Nasceu em 1971, em Moçâmedes, no Namibe. De lá, trouxe escassas memórias e a viagem no corpo. Formou-se em Línguas e Literatura em Lisboa, tornou-se professora, mestrou em Literatura Gótica e Film Studies e estudou História da Arte num doutoramento incompleto. Filha, mãe, mulher, amiga, leitora e escritora compulsiva, viaja pelas letras desde sempre.
0 Telefonemas do Nilton {Livros Dezembro}
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Lançamentos,
Nilton
Ronaldo is the best. O telefonema da Fifa. A Internet da vizinha. Não estou interessado no carro.
A lista de telefonemas do Nilton é interminável e faz compreender porque passaram a ser obrigatórios e por que razão milhares de pessoas os seguem religiosamente na RFM e na Internet, onde somam milhões de visualizações. Sempre que acontece algo no país ou no mundo, os ouvintes sabem que o Nilton ligará para o local, seja para reclamar ou… para reclamar.
As personagens sucedem-se e as sugestões dos ouvintes somam-se às centenas todos os dias. O Nilton reuniu alguns e pela primeira vez explica como nasceram as ideias para cada um deles e como foram feitos. Pode também ouvir num CD e partilhar com os amigos quando faltar a luz e ainda tiver bateria no computador.
O conselho que lhe damos é que compre o livro, ou corre o risco de o seu telefone tocar e na manhã seguinte ouvir a sua voz na rádio.
As personagens sucedem-se e as sugestões dos ouvintes somam-se às centenas todos os dias. O Nilton reuniu alguns e pela primeira vez explica como nasceram as ideias para cada um deles e como foram feitos. Pode também ouvir num CD e partilhar com os amigos quando faltar a luz e ainda tiver bateria no computador.
O conselho que lhe damos é que compre o livro, ou corre o risco de o seu telefone tocar e na manhã seguinte ouvir a sua voz na rádio.
Editor: Livros d'Hoje (Dezembro, 2014)
Género: Humor
Páginas: 360
✏ Nilton é um humorista de stand up comedy que se dedica principalmente a espectáculos ao vivo. Paralelamente vai fazendo televisão, livros, DVD, rádio e jantares com os amigos todas as terças- -feiras. Já teve programas na SIC, RTP e apresenta às quartas-feiras na RTP2 o talk-show 5 para a Meia-Noite.
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0 National Book Award 2014
Os vencedores dos National Book Awards para cada uma das quatro categorias - literatura juvenil, poesia, não-ficção e ficção - já foram divulgados.
Ficção
Phil Klay, Redeployment
Nomeados:
- autora de 'Vida Privada' (Civilização, 2011), um romance arrebatador ue conta a história íntima de uma mulher, de finais do século XIX à II Guerra Mundial. No ano passado a Civilização lançou o bestseller 'A Herdade', vencedor do prémio Pulitzer.
- autor de 'O Eco da Memória', publicado em 2008 pela Casa das Letras. Este livro foi distinguido com o National Book Award de 2006, na categoria de ficção, e foi finalista do Prémio Pulitzer. 'O Eco da Memória' é um cativante mistério que explora o poder e os limites da inteligência humana.
- John Darnielle, Wolf in White Van
- Emily St. John Mandel, Station Eleven
- Marilynne Robinson, Lila
- autora de dois romances já editados em Portugal: 'Ao Meu Filho' (Difel, 2006), vencedor do National Book Award e do Pulitzer e 'Laços de Família' (Difel, 2007), seleccionada pelo The Observer como uma das 100 melhores obras de todos os tempos.
- Rabih Alameddine, An Unnecessary Woman
- autor de 'O Contador de Histórias', publicado pela Contraponto em 2010. Um romance surpreendente, imaginativo e exuberante que nos leva das dunas resplandecentes do Antigo Egipto às ruas devastadas do Líbano contemporâneo.
Não-Ficção
Evan Osnos, Age of Ambition: Chasing Fortune, Truth, and Faith in the New China
Nomeados:
- Anand Gopal, No Good Men Among the Living: America, the Taliban, and the War through Afghan Eyes
- Edward O. Wilson, The Meaning of Human Existence
- Autor de 'Cartas a um Jovem Cientista', um livro fascinante que inspira nos leitores a paixão pelas maravilhas da ciência e o respeito pelo lugar modesto que o ser humano ocupa no ecossistema do planeta, a ser lançado pela editora Clube do Autor ainda este mês.
-
Nigel Hamilton, The Mantle of Command: FDR at War, 1941 - 1942
- autor das briografias de Steve Jobs (Objectiva, 2011) e Einstein (Casa das Letras, 2008)
-
Matthew Stewart, Nature's God: The Heretical Origins of the American Republic
Juvenil
Jacqueline Woodson, Brown Girl Dreaming
Nomeados
- Eliot Schrefer, Threatened
- Steve Sheinkin, The Port Chicago 50: Disaster, Mutiny, and the Fight for Civil Rights
- Deborah Wiles, Revolution: The Sixties Trilogy, Book Two
- autora
de 'Grita'
(ASA, 2012) e de 'Corações
Gelados' (ASA, 2013)
-
Kate Milford, Greenglass House
-
Andrew Smith, 100 Sideways Miles
Nomeados:
- Fanny Howe, Second Childhood
- Maureen N. McLane, This Blue
- Fred Moten, The Feel Trio
- Claudia Rankine, Citizen: An American Lyric
-
Linda Bierds, Roget's Illusion
-
-
Edward Hirsch, Gabriel: A Poem
-
Spencer Reece, The Road to Emmaus
-
Mark Strand, Collected Poems
0 Nós + Opinião
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5 estrelas,
David Nicholls
«Alegrava-me a expectativa de envelhecermos juntos. Tu e eu, a envelhecermos e a morremos juntos.» «Douglas, porque havia alguém no seu juízo perfeito de se alegrar com tal coisa?»
Uma viagem que irá fazer com que Connie volte a apaixonar-se por ele. As reservas estão feitas, os bilhetes comprados e o itinerário planeado com uma precisão cirúrgica. O que poderá correr mal?
Editor: Jacarandá Editora (Novembro, 2014)
Género: Romance
Páginas: 416
Original: Us (2014) [Goodreads] [Wook]
opinião
êêêêê (5/5)
Já tinha imensas saudades de ler David
Nicholls! A forma extraordinária com que mistura comédia com tragédia, hilaridade
com tristeza, transforma os seus trabalhos em algo excepcional; são livros
em redor dos quais crio um enorme entusiasmo e aos quais me agarro com alguma ferocidade
até os terminar.
Apesar de a esposa, Connie, o avisar de que o divórcio é o futuro mais provável para ambos, Douglas continua a ver a Grand Tour pela Europa - a última viagem em família - como uma excelente oportunidade para levar Connie a mudar de ideias e para se aproximar mais do seu filho, Albie. Afinal de contas, são férias em família, o que poderia correr mal, certo?! Bem...tudo.
Nós está particularmente bem estruturado; normalmente, em livros que oscilam entre dois períodos temporais distintos há sempre um que me agrada mais e ao qual estou sempre desejosa de regressar, mas este não é o caso em Nós porque o que me interessa realmente é a extraordinária voz do narrador - Douglas. De forma simples mas inteligente, Douglas cativa-nos com os seus relatos e, embora o enredo não seja de uma originalidade colossal, prende-nos com considerável intensidade.
Acompanhamos os Petersen por Inglaterra, França, Itália e Espanha à medidaA dinâmica familiar é explorada de forma muito competente, porque em família é assim mesmo, acabamos muitas vezes por reverbar as emoções dos nossos entes mais próximos. Acabamos por os ir conhecendo melhor, com várias e interessantes referências artísticas pelo meio. A habilidade de Nicholls fica mais do que comprovada quando, ao fazer uso de apenas uma personagem, nos consegue transmitir os sentimentos e desapontamentos das outras.
Talvez devido ao ponto de vista mais maduro e familiar, prefiro este livro a Um Dia e a Uma Questão de Atracção. É-me mais fácil identificar com estas personagens, com os seus problemas, com o tipo de relação que mantêm - pareceram-me bem mais realistas que as outras. Gostei muito de Douglas, com o seu feitio e manias particulares; embora tenha torcido por ele o livro todo, compreendo Connie e Albie e o efeito corrosivo que este bota de elástico poderia ter em pessoas de espírito livre, despreocupado e criativo.
Douglas pinta-nos um retrato espectacular - e divertido - sobre namoro, casamento e paternidade. A sua determinação é enternecedora, mas parece que quanto mais tenta, mais piora a situação; quanto mais se esforça por unir a família, mais a separa.
Existe, no entanto, imensa sabedoria no meio de toda esta loucura. Os Petersen exemplificam a família actual, marcada pelos problemas de comunicação entre pais e filhos e um ritmo de vida que nos impede de dar atenção àqueles que realmente importam. Ao rever connosco o seu passado, Douglas reconsidera algumas das suas acções e pondera sobre as suas atitudes.
Há um indício que me deixa saber - se dúvida houvesse - se estou realmente a gostar de um livro além do normal: quando, bastante despropositadamente e em qualquer altura, o livro me surge em conversas do dia a dia, do género «estou agora a ler um livro em que...», «no livro em que estou a ler agora...», ou algo mais directo como «tens (!) mesmo (!) que ler (!) este livro (!!!)». E ficou bem claro para todos os que se aproximaram de mim nesta semana que passou que os Petersen não me saíram da ideia!
Nós é mais um livro fantástico de Nicholls - e eu só espero não ter que esperar tanto tempo pelo próximo!
Frases Preferidas:
Frases Preferidas:
'«Só» é uma palavra perturbante, não se deve atirar ao ar com ligeireza. Deixa as pessoas pouco à vontade, por força de evocar toda a espécie de adjectivos mais adversos, como «triste» ou «estranho».' (p. 20)
'(…) talvez o desgosto seja tanto lástima por aquilo que nunca tivemos como entristecimento por aquilo que perdemos.' (p. 203)
'(…) os dias verdadeiramente felizes não tendem a envolver tanta organização, e raramente são tão públicos ou dispendiosos. Os dias felizes chegam à socapa, inesperados.' (p. 236)
'De um ponto de vista evolucionista, a maioria das emoções - medo, desejo, raiva - serve alguma finalidade prática, mas a nostalgia é uma coisa inútil, fútil, porque é um anseio por alguma coisa que foi definitivamente perdida' (p. 408)
✏ David Nicholls nasceu em 1966 em Eastleigh, Hampshire. Estudou teatro antes de se dedicar a escrita. De entre os seus êxitos televisivos destacam-se a terceira série de Cold Feet, Rescue Me e I Saw You, bem como uma muito elogiada versão moderna de Much Ado About Nothing e uma adaptacao de Tess of the D’Ubervilles, ambas para a BBC. Para além de romances, David Nicholls escreve guiões para cinema e televisão, e já foi duas vezes nomeado para os prémios BAFTA. O seu primeiro romance e best-seller, Uma Questão de Escolha, foi seleccionado para o Richard and Judy Book Club em 2004 e adaptado para o cinema em 2006 (em Portugal com o nome Concurso Viciado). O argumento do filme foi escrito pelo próprio David Nicholls e a personagem principal foi interpretada por James McAvoy.
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0 O Caminho do Sacrifício {Livros Novembro}
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Fritz Von Unruh,
Lançamentos
Romance expressionista censurado na Alemanha, O Caminho do Sacrifício tem uma génese reveladora: o estado-maior alemão confiara a Fritz von Unruh a missão de fazer uma crónica da Batalha de Verdun.
Porém, os superiores ignoravam que o autor era um pacifista convicto que, em vez de conceber a esperada ode ao patriotismo e à guerra, condenaria a sua monstruosidade.
Porém, os superiores ignoravam que o autor era um pacifista convicto que, em vez de conceber a esperada ode ao patriotismo e à guerra, condenaria a sua monstruosidade.
Editor: Antígona (Novembro, 2014)
Género: Romance
Páginas: 176
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0 Obrigada Por Este Momento {Livros Novembro}
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Valerie Trierweiler
Obrigada por este momento é a reação sincera e frontal de uma mulher à traição do companheiro e à humilhação pública. Valérie Trierweiler, a antiga primeira-dama de França, revela a história da sua paixão por François Hollande, incluindo a vivência no Eliseu, até ao momento que viria a marcar o fim da relação. Nesta obra, Valérie expõe a intimidade de um casal, denuncia publicamente comentários privados do Presidente francês e conta como foi difícil superar a traição.
Eis o testemunho franco e doloroso de uma mulher frágil que todos tomam por forte. Eis a história de uma traição e de como uma mulher pode superar o fim amargo de uma relação.
Eis o testemunho franco e doloroso de uma mulher frágil que todos tomam por forte. Eis a história de uma traição e de como uma mulher pode superar o fim amargo de uma relação.
Editor: Clube do Autor (Novembro, 2014)
Género: Memórias
Páginas: 256
Original: Merci Pour Ce Moment (2014) [Goodreads] [Wook]
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0 O Comboio dos Órfãos + Opinião
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4 estrelas,
Christina Baker Kline
Em 1929, Nova Iorque é uma cidade vibrante mas cruel para com os mais fracos.
O número de órfãos a viver nas ruas multiplica-se. Demasiado visíveis, estas crianças são um incómodo para o qual é encontrada uma solução radical.
Em comboios que partem rumo ao interior dos Estados Unidos, os órfãos são amontoados e oferecidos a quem os quiser receber, os seus destinos entregues a desconhecidos, as suas vidas à mercê do acaso.
Vivian teve em tempos um lar e uma família. Após o incêndio que matou os seus pais e a deixou só no mundo, ela passa a ser apenas mais uma entre as centenas de crianças forçadas a embarcar no Comboio dos Órfãos. Décadas depois, Molly Ayer, uma jovem que não conhece outro sentimento que não a rejeição das famílias de acolhimento por onde passa, é acusada de roubar um livro. Ela sabe que, agora, ninguém a defenderá. Com aquele livro, morrem também os seus sonhos.
Vivian teve em tempos um lar e uma família. Após o incêndio que matou os seus pais e a deixou só no mundo, ela passa a ser apenas mais uma entre as centenas de crianças forçadas a embarcar no Comboio dos Órfãos. Décadas depois, Molly Ayer, uma jovem que não conhece outro sentimento que não a rejeição das famílias de acolhimento por onde passa, é acusada de roubar um livro. Ela sabe que, agora, ninguém a defenderá. Com aquele livro, morrem também os seus sonhos.
O fio do destino vai ligar estas duas mulheres. Vivian e Molly são mais parecidas do que imaginam. E no dia em que Molly decide solucionar o grande enigma do passado de Vivian, sem o saber, vai encontrar a sua própria salvação.
Um relato épico centrado numa realidade da História americana há muito esquecida…
0 Ponto Zero
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Rita Inzaghi
A vida de Luísa e Miguel sofre uma reviravolta quando os dois irmãos vencem o terceiro prémio do Euromilhões e decidem gozar um ano de férias em Santiago de Compostela, cidade que os atrai pelo seu misticismo. Ela acaba de concluir a licenciatura em Cinema e ambiciona aproveitar o hiato para escrever um romance; ele é baixista de uma banda grunge agora na senda do sucesso na Galiza multicultural.
Enquanto o projeto musical de Miguel vai florescendo e competindo com os tempos livres, Luísa procura emoções fortes. Vive uma relação cúmplice com Megan, empregada de uma pizzaria, explora os prazeres do sexo e viaja através do LSD com Lorena, uma universitária de beleza estonteante, e Alfonso, um advogado mulherengo, até que finalmente encontra a sua musa em Lana, uma bela jovem paraplégica. O círculo fecha-se no encantador Gael, um rapaz deprimido viciado em batatas fritas e na série norte-americana Crime, Disse Ela.
Uma aventura recheada de surpresas que vão fazer de cada dia uma verdadeira descoberta.
Editor: Coolbooks
Género: Ficção
Páginas: 204
✏ O telefone dá sinal de chamada. Smells Like Teen Spirit entretém-nos, enquanto esperamos que a Rita atenda. Mas ela nunca demora.
- Olá, tesouro! – exclama, alegre e doce.
Milla para os amigos, Gattusa para as amigas, Ritinha para todos. Assim é a autora deste Ponto Zero. Metade vento, metade sol. Metade ar, metade fogo. Ou não fosse nativa de Gémeos, com ascendente em Sagitário.
Rita Inzaghi nasceu a 5 de Junho de 1986, em Oliveira de Azeméis. Em criança, dizia que queria ser jornalista, atriz, árbitro de futebol e presidente do Futebol Clube do Porto, mas só perseguiu o primeiro dos sonhos. Com o passar dos anos, outros espontaram, entre deles o de publicar um romance. Aliás, se lhe perguntarem o que faz, ela responderá com um sorriso: «Sou contadora de estórias.»
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0 Infância Roubada + Opinião
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3 estrelas,
Josephine Cox
Edward Carter é um homem cruel e violento, habituado a instilar o medo em todos aqueles com quem se cruza e a dirigir com pulso de ferro as vidas da sua mulher e do seu filho.
Peggy é uma mulher meiga e tímida. Com o passar dos anos, aprendeu a não contrariar o marido. Sabe que enfrentá-lo só piorará a situação, a ponto de fazê-lo perder a cabeça e cometer uma loucura contra ela ou contra o filho de ambos. Para proteger o filho, não resta outra opção a Peggy senão a de subjugar-se ao homem perigoso que tornou as suas vidas um verdadeiro pesadelo.
Introvertido e sem amigos, Adam é um menino receoso: não por si, mas pela mãe. Temendo que tudo o que faça desperte a ira do pai, Adam não vive como a criança que é.
Phil é um homem de natureza bondosa e de princípios. Conduz o autocarro escolar e é o único amigo de Adam. Num final de tarde, após o regresso da escola, Phil e Adam deparam-se com uma tragédia chocante, que forjará uma amizade indestrutível, nascida da mais profunda dor.
Uma história de perda, mas também de grande companheirismo e da longa e solitária viagem de um rapaz na redescoberta do sentido de família.
Género: Romance
Páginas: 304
Original: The Broken Man (2013) [Goodreads] [Wook]
opinião
★ ★ ★ _ _ (3/5)
Infância Roubada traz-nos a comovente história de Anne, do jovem Adam e da sua mãe - todos vítimas de um homem monstruoso, Edward Carter. Além da poderosa componente emocional, esta história conta com descrições revoltantes de maus tratos e negligência que perturbam e agitam o leitor, impedindo-o de ficar indiferente.
A vida de Adam sofre mudanças drásticas depois de cair no sistema social; além de Edward Carter, outras personagens mal-intencionadas cruzam o seu caminho, prejudicando uma vida já de si bastante complicada. Por sua vez, Anne sofre em silêncio, escondendo o passado e refugiando-se na amizade de Sally.
Com receio de ser injusta, tenho sempre imensa dificuldade em partilhar a minha opinião sobre determinados livros; são livros cujo conteúdo que gostei, gostei a sério (!) mas que depois reúnem certos elementos que me aborrecem imenso em relação à leitura. Infância Roubada é um daqueles livros em que fico com a sensação que o autor pegou numa história cheia de potencial, delineou duas ou três situações/cenas extremamente boas e que depois se limitou a encher o resto conforme foi escrevendo, repetindo-se ao longo do livro ou incluindo nele partes completa ou parcialmente desnecessárias.
E o final… bem, não chega a ser um final. O livro termina de forma mais do que insatisfatória tanto em relação ao futuro das personagens que nos habituámos a estimar como em relação ao esclarecimento de dúvidas que vamos ganhando sobre o passado das mesmas, algo que nos permitisse interpretar mais profundamente as suas escolhas.
Depois de ler os três primeiros capítulos disse para mim mesma: "este vai ser espectacular"… não foi. Não deixa de ser um bom livro, que me deu prazer ler, mas a falta de profundidade na abordagem da autora - este é um daqueles livros em que queremos ir até às entranhas - prejudica-o bastante.
✏ Josephine Cox é uma das mais celebradas escritoras inglesas, com leitores que lhe são inteiramente devotados. A sua escrita dirige-se essencialmente ao publico feminino, se bem que a quantidade de admiradores do sexo masculino tenha vido a aumentar significativamente. A autora vive em Inglaterra e dedica-se por completo à criação literária. Tem mais de trinta romances.
- Infância Roubada (Porto Editora, 2014);
- Por Entre Grãos de Areia (Europa-América, 2010);
- Viver o Sonho (Europa-América, 2010);
- A Vida Que Nunca Te Contei (Europa-América, 2009);
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