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0 A Tale of Two Cities

A Tale of Two Cities

My rating: 4 of 5 stars

Dickens consegue certamente saciar-nos o gosto pela leitura...

A proza é conduzida com perícia, ora dramática, ora divertida - sempre elegante e bonita. Potente.

Os maneirismos da época estão cinzelados em cada uma das preciosas frases de Dickens, fundidas numa escrita muito inteligente, nem sempre óbvia, que nos mantém despertos e concentrados na trama.

Em «A Tale of Two Cities», Charles Dickens leva-nos até à Revolução Francesa: às injustiças cometidas por um extremismo impiedoso, presente na população em geral,…e muito em particular numa única mulher, com uma sede de vingança bem alojada no seu negro coração…

Toda a trama nos vai sendo revelada muito lentamente, parecendo-nos que Dickens está constantemente a afastar-se da história central. Para não falar no tempo que o escritor leva a introduzir cada cena; cheio de minúcias.

Como é habitual também em Dickens, somos confrontados com as diferenças entre classes sociais - a austeridade e o bom-viver dos ricos face à desgraça e «mendiguice» dos pobres.

O fim, uma inesperada epítome romântica, consolida em si toda a história, arrematando todos os pontos num só eloquente sacrifício de (e por) amor.

A riqueza deste clássico está bem patente em cada página - um enredo complexo, personagens muito distintas e variadas, uma conclusão formidável!



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