Destaques

0 As Minhas Leituras - Agosto 2015



A percepção que tenho em relação a este mês é que muitos de nós o aproveita, com as suas férias inerentes, para pôr a leitura em dia. Eu, como ando sempre ao contrário, acabei por fazer deste mês aquele em que menos liL


Tenho tentado acompanhar os lançamentos de Dorothy Koomson pela Porto Editora portanto, comecei o mês com “Os Muitos Nomes do Amor”, uma leitura interessante e agradável que foca alguns dos receios experimentados por filhos adoptivos/pais de adopção, bem como a forma como nos definimos através da família. No caso de Clemency, ela não tem em conta apenas os pais que a criaram mas também aqueles que ela nunca conheceu. 
Existem neste livro dois elementos chave que garantem que ele funciona: a fantástica prosa de Koomson e o facto de esta ter optado por manter grande parte do conteúdo do livro em segredo, já que, na realidade, não há muita coisa a acontecer. No entanto, Koomson tem escrito romances muito mais intrigantes ou que, pelo menos, vão mais ao encontro do meu gosto pessoal, daí as 3 estrelas.

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Depois de confirmar o que levou Agatha Christie a conquistar tanto sucesso,  decidi ler as aventuras de Poirot pela ordem em que a autora as escreveu. “Crime no Campo de Golfe” é apenas o segundo livro desta série mas é mais um passo na colecção.
Funcionando como um fantástico jogo de investigação, este livro reúne diversos suspeitos que ora deixam escapar informação intrigante ora exibem comportamentos estranhos. Um jogo que Agatha Christie simplesmente não me deixa ganhar! 
Passei o livro todo a mudar os meus alvos de suspeita, a construir grandes teorias (apenas para as ver arruinadas em seguida) e a renovar opiniões. 
Adorei regressar a esta série e parece-me que as 4 estrelas são mais do que merecidas!

Crime no Campo de Golfe (Hercule Poirot #2)
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O Perfume” de Patrick Süskind está na minha lista de livros por ler há muito tempo e passou finalmente  para a lista de livros lidos, sendo o meu preferido do mês, o único com 5 estrelas
Realismo e fantasia misturam-se de forma maravilhosa na narrativa; Süskind junta às tristes descrições das condições em que viviam os órfãos na época o “super-poder” de Grenouille, capaz de distinguir todos os odores do mundo e combiná-los com harmoniosa perfeição; primorosa capacidade perceptiva que acabará por o transformar num verdadeiro homicida, com um objectivo muito peculiar: criar o “melhor” perfume de sempre, que lhe permita dominar os outros, partindo do princípio de que o comportamento humano é regido por odores. 
Não lhe interessa que a única forma de produzir tal perfume seja misturando o odor de 25 belas jovens e não o incomoda nem um pouco que a única forma de obter esses mesmos odores passe por matar as raparigas... Infelizmente, o extraordinário talento de Grenouille transforma-o numa aberração, ou talvez tenha sido a sua patológica natureza que contaminou a arte em que era prodígio.

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Não passo muito tempo sem ler alguma coisa relacionada com a Segunda Guerra Mundial e este mês escolhi as memórias de Bruno Trappmann, um homem que sempre se opôs às ideias de Hitler mas que se viu obrigado a defendê-las em combate até finalmente desertar do exército.
Infelizmente, os acontecimentos de "I Deserted Hitler" pareceram-me narrados com demasiada brevidade. Fiquei muito satisfeita pelo facto de o livro não se limitar ao tempo de guerra mas também ao "pré" e ao "pós". Esperava, no entanto, um livro mais completo e, nesse sentido, fiquei um bocadinho desiludida, não passando das 3 estrelas.

I Deserted Hitler: Memoirs of Bruno J. Trappmann
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A forma exagerada com que alguns livros são publicitados, elevando à partida as expectativas do leitor, acaba muitas vezes por os prejudicar em vez de beneficiar. "Febre" não é, de certeza, «o thriller mais viciante de sempre»; "Febre" é um bom livro. Ponto.
A utilização de agentes patogénicos capazes de desencadear epidemia/pandemia como meio para atingir um fim é assustadora, mas constrói um ótimo enredo. Nick Louth retrata de forma muito interessante o perigo de estarmos totalmente nas mãos de uma indústria farmacêutica extremamente focada no lucro - e nada reflete melhor isso do que a disparidade entre África e grande parte da Europa no que respeita a fármacos/tratamentos disponíveis.
A escrita é inteligente e o enredo encontra-se enriquecido com uma boa dose de açcão e algum mistério, garantindo que o livro se mantém interessante até ao fim. No entanto, o protagonista reúne características demasiado fictícias, roubando alguma credibilidade à história e desvalorizando o livro, na minha opinião, para as 3 estrelas

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No final do mês vi-me muito entusiasmada com o segundo livro da série Miss Peregrine, “Cidade Sem Alma” e encontro-me agora a sofrer pelo próximo capítulo da história!
Esteticamente, o livro é encantador para todos os que apreciam o livro também como objecto, não deixando o seu conteúdo de nos levar numa viagem para lá de fantástica, cheia de aventuras e bizarrices, personagens inesquecíveis, viagens no tempo e muitas, muitas surpresas!
Acabei por gostar bem mais deste segundo volume, ao qual dei 4 estrelas, do que do primeiro, "O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares".

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0 Purity {Livros Setembro}


A jovem Pip Tyler não sabe quem é. Sabe que o seu nome verdadeiro é Purity, que tem às costas um empréstimo de cento e trinta mil dólares contraído para poder tirar um curso, que vive numa casa ocupada com anarquistas de Oakland, e que a sua relação com a mãe - a única família que tem - é tempestuosa. Mas não faz a mínima ideia de quem é o pai, da razão que levou a mãe a viver isolada do mundo com um nome inventado, nem de como alguma vez irá ter uma vida normal.

Entram em cena os alemães. Um breve encontro com uma pacifista alemã leva Pip a um estágio na América do Sul, no Projecto Luz Solar, organização que trafica todos os segredos do mundo - incluindo, espera Pip, o segredo das suas origens pessoais. O PLS nasceu da ideia de Andreas Wolf, um provocador carismático que alcançou a fama no caos que se seguiu à queda do Muro de Berlim. Agora foragido na Bolívia, Andreas sente-se atraído por Pip por razões que ela não compreende, e a intensidade com que lhe corresponde arrasa as suas ideias convencionais sobre o certo e o errado.

Purity é uma fascinante história de idealismo juvenil, fidelidade extrema e assassínio. O autor de Correcções e Liberdade imaginou um mundo de personagens brilhantemente originais - californianos e alemães de leste, bons progenitores e maus progenitores, jornalistas e denunciantes - e segue-lhes as pistas entretecidas por paisagens tão contemporâneas como a omnipresente Internet, e tão antigas como a guerra entre os sexos.

Purity é o livro mais ousado e penetrante até hoje escrito por um dos mais importantes autores da actualidade.

Autor: Jonathan Franzen
Editor: Dom Quixote(Setembro, 2015) 
Género: Romance
Páginas: 704
Original: Purity (2015)  



✐ "Franzen’s prose is alive with intelligence, and on the first page of his new novel, Purity, a reader can see his mind at work on a task at which he excels: showing the way people think."

✐ "These people’s efforts to sort out their identities and come to terms with the tangled mess of their private lives stand at the heart of what is Mr. Franzen’s most fleet-footed, least self-conscious and most intimate novel yet."

✐ "Franzen writes conversational, enormously intelligent prose that wears its subtlety and precision lightly. The book is full of small units of smart observation and funny description."




✏ Jonathan Franzen nasceu em 1959 no Illinois e vive em Nova Iorque. É autor de quatro romances: The Twenty-Seventh City (1988), Strong Motion (1992), Correcções (2001) e Freedom (2010); e de duas obras de não-ficção: How to Be Alone (2002) e The Discomfort Zone (2006). Foi considerado pela Granta e pelo The New Yorker como um dos melhores romancistas norte-americanos com menos de quarenta anos. Poucas obras conseguiram um reconhecimento da crítica e do público tão unânime como Correcções , que teve mais de um milhão de leitores nos Estados Unidos, foi classificado como obra-prima e como «o grande romance do século», conheceu uma difusão internacional sem precedentes com a publicação em quase todas as línguas e um sólido projecto cinematográfico. Com Correcções, Jonathan Franzen obteve ainda o National Book Award 2001 e o James Tait Black Memorial Prize 2002. Em Agosto de 2010, Jonathan Franzen foi capa da revista Time - uma honra que não era concedida a um autor vivo há uma década - com as palavras «O Grande Romancista Americano» em grande destaque.

✏  Entrevista com o autor [The Guardian, Agosto 2015]



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0 Lição de Anatomia {Livros Setembro}


Aos quarenta anos, o escritor Nathan Zuckerman é acometido de um mal misterioso - uma simples dor, que começa no pescoço e nos ombros, invade o tórax e toma conta do espírito. Zuckerman, que vivia para o seu trabalho, não consegue escrever uma única linha.

Agora, o seu trabalho consiste em arrastar-se de médico em médico, mas nenhum descobre a causa da dor e ninguém consegue mitigá-la. Zuckerman começa a pensar na hipótese de a dor ser causada pelos livros que escreve. E enquanto pensa, a sua dependência dos analgésicos estende-se à vodca e à marijuana.


Autor: Philip Roth
Editor: Dom Quixote (Setembro, 2015) 
Género: Romance
Páginas: 272
Original: The Anatomy Lesson (1983)  
 National Book Critics Circle Award Nominee (1983)
 National Book Award Finalist for Fiction (1984)



Trilogia Zuckerman
Título Livro n.º Edição Portuguesa Publicação Original
The Ghost Writer 1
Zuckerman Unbound 2 ✓ [comprar]
A Lição de Anatomia 3

Sobre o autor...
Philip Roth é um romancista norte americano. Foi com Goodbye Columbus, em 1959, que Roth atingiu a fama no mundo literário, cimentando este sucesso com O Complexo de Portnoy

Livros de Philip Roth:
Lição de Anatomia - 2015
Os Factos - 2014
Engano - 2013
O Animal Moribundo - 2013
Némesis - 2011
Indignação - 2009
Património - 2008
Todo-o-Mundo - 2007
A Mancha Humana - 2004



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0 Imperatriz da Rússia {Livros Outubro}

O Palácio de Inverno 

Catarina, a Grande #1
  Quando Vavara, uma jovem órfã polaca, chega à ofuscante e perigosa corte da imperatriz Isabel em Sampetersburgo, é iniciada em tarefas que vão desde o espreitar pela fechadura até à arte de seduzir, aprendendo, acima de tudo, a ser silenciosa - e a escutar.
  Chega, então, da Prússia Sofia, uma frágil princesa herdeira, a potencial noiva do herdeiro da imperatriz. Incumbida de a vigiar, Vavara em breve se torna sua amiga e confidente e ajuda-a a mover-se por entre as ligações ilícitas e as volúveis e traiçoeiras alianças que dominam a corte.
  Mas o destino de Sofia é tornar-se a ilustre Catarina, a Grande. Serão as suas ambições mais elevadas e de longo alcance? Será que nada a deterá para conquistar o poder absoluto?

Autor: Eva Stachniak
Editor: Casa das Letras (Setembro, 2014)
Género: Romance/Ficção Histórica
Páginas: 536
Original: The Winter Palace (2012) [Goodreads] [Wook]

Imperatriz da Rússia

Catarina, a Grande #2
  Escrito numa prosa intensamente lírica e repleta de detalhes vibrantes, Imperatriz da Rússia é um romance intimista sobre uma mulher aos comandos do seu destino - Catarina, a Grande -, obrigada a navegar pelos triunfos, dores e esperanças da sua alma e de toda uma nação. 
  Desde a sua extraordinária ascensão ao trono até ao domínio pleno sobre um dos maiores impérios da História, passando pelos relacionamentos românticos e os sacrifícios que fizeram dela a mulher mais temida e autoritária da sua época, A Imperatriz da Rússia relata a incansável batalha entre o amor e o poder de Catarina, a Grande, no país que ela conduziu ao glorioso novo século. 
  Durante toda a sua vida, Catarina realizou mais proezas do que qualquer outra mulher na história. Ergueu e fez prosperar o império Romanov, acumulou uma imensa fortuna em arte e em terras, controlou com mão de ferro uma corte cheia de vícios e fez vergar uma legião de inimigos que acabou por se ajoelhar perante si. 
  E antes do seu último suspiro, ensombrado pela sangrenta Revolução Francesa, Catarina, a Grande desenhou o desfecho do jogo com a sua última cartada política, assegurando a sua sucessão e a maior glória da Rússia.


Autor: Eva Stachniak   

Editor: Casa das Letras (Outubro, 2015)
Género: Romance/Ficção Histórica
Páginas: 488
Original: Empress of the Night (2013) [Goodreads]




✏ Eva Stachniak nasceu em Wroclaw, na Polónia, e vive atualmente no Canadá, onde trabalhou na rádio e foi assistente universitária de Inglês e Humanidades. O seu primeiro romance, Necessary Lies, ganhou o Prémio de Primeiro Romance da Amazon.com no Canadá, e o seu segundo romance, Dancing with Kings, foi traduzido para sete línguas. Vive em Toronto, estando a trabalhar no seu segundo romance sobre Catarina, a Grande.





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0 O Reino do Fogo {Livros Setembro}


UMA VIAGEM AO CORAÇÃO DAS LENDAS NÓRDICAS
Na Cidadela do Céu, longe dos hostis povos do Gelo e das Rochas, os deuses conspiram, sussurram na penumbra, dedicam-se a jogos de poder, cedem às suas paixões. Loki é um deus nórdico sem par.

Desde que o deus Odin, o Pai de Todos, o convenceu a abandonar o reino do Caos para se lhe juntar, Loki é alvo da desconfiança de todos. Perspicaz e melífluo como nenhum outro, desfruta dos favores das deusas mais ousadas e cede à luxúria sem quaisquer escrúpulos. É usado para pôr em prática as mais complexas maquinações mas, por ter nascido como demónio, é mantido à margem das esferas de influência.

Contra tudo e todos, Loki está determinado a vingar. Mas ao mesmo tempo que ele planeia a derradeira humilhação dos seus adversários, forças mais poderosas conspiram contra os deuses. Em segredo, prepara-se a batalha que alterará o destino dos Mundos.

 Deuses e deusas, gigantes, anões e demónios, unem-se numa narrativa poderosa pela mão de Joanne Harris, conhecedora profunda da mitologia nórdica. O Reino do Fogo é uma recriação das lendas que, ao longo dos séculos, têm inspirado a arte, a música e a literatura mundiais.


Autor: Joanne Harris  
Editor: Edições Asa (Setembro, 2015) 
Género: Lit. Fantástica
Páginas: 336
Original: The Gospel of Loki (2014)  


This is a book about playfulness and trickery and their dark side – it takes for granted that its reader will not be naive about such things, which also means that the reader will not be wholly innocent, will be complicit in wickedness by enjoying it as story.
- The Independent

Readers who come to The Gospel of Loki expecting "an original fantasy novel" by Joanne Harris may well be disappointed. Pitched, openly and unashamedly, at the commercial end of the market, this book is more likely to delight those whose Loki is the one from the Marvel movies than to satisfy admirers of Harris's astringent, highly original and often subtly fantastic mainstream novels.
- The Guardian




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