0 Fernão Capelo Gaivota + Opinião
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4 estrelas,
Richard Bach
Livro mágico, que encantou mais de 40 milhões de leitores em todo o mundo, e deu origem a filmes e discos, Fernão Capelo Gaivota é uma fábula sobre o poder dos nossos sonhos - e até onde eles nos podem levar.
O nosso caminho, o nosso destino, está escrito há muito dentro de cada um. Muitas vezes, porém, tendemos a ignorá-lo, levados pela opinião dos que nos rodeiam, pelas críticas que ouvimos. Quando, na verdade, podemos simplesmente escolher o nosso próprio caminho, lutar por muito mais do que aquilo que temos… E aprender verdadeiramente a voar.
Autor: Richard Bach
Editor: Lua de Papel (Junho, 2015)*
Género: Romance
Páginas: 144
Original: Jonathan Livingston Seagull (1970)
*Reedição
opinião
(4 em 5)
«- Porquê, Fernão, porquê? Porque é que é tão difícil seres como o resto do bando, Fernão?» (p. 14)
Fernão, uma gaivota, destaca-se por querer voar mais alto, mais depressa... ir mais longe. E, como qualquer coisa incompreendida, é colocado à margem, observado com dúvida e desconfiança, até ser formalmente banido do Bando. Não disposto a desistir, Fernão junta-se a outras gaivotas que pensam da mesma forma que ele e estão dispostas a ajudá-lo a concretizar os seus sonhos...
«É este o preço de ser incompreendido. Ou chamam-te diabo ou chamam-te deus.» (p. 92)
Esta é, claro, uma abordagem metafórica para a forma como devemos viver a nossa vida, instigando-nos a abandonar completamente o conformismo, correndo atrás do que desejamos e a ansiar pelo que não está ao alcance imediato. Fernão é um exemplo de que ser diferente não é mau e que desejar o incomum pode transformar a vida numa aventura maravilhosa!
«Temos de deixar de lado tudo o que nos limita.» (p. 84)
Seguir o nosso caminho à nossa maneira, exige-nos sacudir dos ombros o fardo dos milhentos limites auto-impostos e ainda todos os outros que nos tentam impor, exige lutar pela liberdade de sermos quem queremos ser e quem julgamos ser capazes de vir a ser, implica honestidade connosco e também com aqueles que nos rodeiam… e para tudo isto é necessário que aprendamos a perdoar, a amar e a progredir.
«Somos livres para irmos onde desejamos e para sermos o que somos» (p. 85)
Fernão Capelo Gaivota é um livro bonito com uma mensagem ainda mais bonita, envolvida em espiritualidade e misticismo. Pequeno, fácil de ler pela sua linguagem simplista - excelente para partilhar com uma criança. Há certamente nestas páginas um bocadinho para cada um de nós, um tema que nos chame especialmente à atenção, e há também um bocadinho de cada um de nós, facilmente nos revemos nos medos e anseios de Fernão e rapidamente associamos a negatividade do Bando à da nossa sociedade.
«As forças dos governantes e dos rituais vão, devagar, devagarinho, matar a nossa liberdade de viver como escolhemos.» (p. 136)
A «minha» edição (Lua de Papel [Leya] - 2015) tem o capítulo inédito que constitui a quarta parte da narrativa. Apesar de ter sido escrita com o resto do texto, Richard Bach optou por só a incluir no livro em 2013. Gostei muito desta conclusão e o livro parece-me agora completo.
Frases Preferidas
«escolhemos o nosso próximo mundo de acordo com aquilo que aprendemos neste. Se não aprenderes nada, o próximo mundo é igual a este, com as mesmas limitações e pesos de chumbo para superar.» (p. 54)
«O paraíso não é um lugar, nem é um tempo. O paraíso é a perfeição.» (p. 54)
«Porque qualquer número é um limite e a perfeição mão tem limites. A velocidade perfeita, meu filho, é estar lá.» (p. 54)
«Se a nossa amizade depende de coisas como o tempo e o espaço, então quando finalmente os ultrapassarmos, destruímos a nossa irmandade! Ultrapassado o espaço, tudo o que temos é o Aqui. Ultrapassado o tempo, tudo o que temos é o Agora. E entre Aqui e Agora não achas que conseguimos encontrar-nos uma ou duas vezes?» (p. 71)
«Temos de deixar de lado tudo o que nos limita.» (p. 84)
«A única verdadeira lei é aquela que leva à liberdade.» (p. 91)
«É este o preço de ser incompreendido. Ou chamam-te diabo ou chamam-te deus.» (p. 92)
«- Não percebo como é que consegues amar uma multidão de pássaros que acabou de te tentar matar.
Oh, Francisco, não é isso que se ama! É claro que não se ama o ódio e a maldade. É preciso praticar para ver a verdadeira gaivota, o que há de bom em cada uma delas, e para as ajudar a ver isso nelas próprias. É a isso que eu chamo amor.» (p. 99)
«Não acredites naquilo que os teus olhos te dizem. Tudo o que eles mostram é limitação. Olha com o teu conhecimento, descobre aquilo que já sabes e verás a forma de voar.» (p. 100)
«a superstição daqueles que preferiam as desculpas para o falhanço, em vez do trabalho árduo para atingir a grandeza.» (p. 117)
«A vida não é um milagre, é uma chatice.» (p. 120)
«tristes com a futilidade da vida, mas pelo menos honestos consigo mesmas, suficientemente corajosas para enfrentarem o facto de serem fúteis.» (p. 121)
«A imaginação é uma alma antiga.» (p. 135)
«As forças dos governantes e dos rituais vão, devagar, devagarinho, matar a nossa liberdade de viver como escolhemos.» (p. 136)
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