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  Thomas Foley era um homem tranquilo. Trabalhava no Gabinete Central de Informação em Baker Street. Os colegas chamavam-lhe «Ghandi» porque parecia ter feito um voto de silêncio, e as secretárias apelidaram-no de «Gary» porque ele lhes fazia lembrar o Gary Cooper.
  Thomas ficaria espantado se lhe dissessem que era atraente e, uma vez na posse dessa informação, não saberia de todo o que fazer com ela. Bran­dura e humildade eram as suas qualidades mais marcantes. Em 1958, vive-se na Europa um clima de otimismo e modernidade. Em Bruxelas, prepara-se a maior exposição mundial do século XX, uma oportunidade histórica para unir todas as nações no pós-guerra.
  O governo inglês debate-se com a imagem que quer projetar do país. Um desnorte que talvez explique a decisão de enviar Thomas para a Bélgica. A sua missão: assegurar o bom funcionamento do pavilhão britânico. Mal chega, o ingénuo Thomas pensa ter aterrado de cabeça num admirável mundo novo. Em Londres, a sua vida é convencional. Em Bruxelas, longe da família e do escritório soturno, rodeado de mulheres atraentes e disponíveis, sente-se livre pela primeira vez. Mas a Guerra Fria está ao rubro, o pavilhão ganhou uma alarmante vida própria e há dois homens de gabardina e chapéu constantemente no seu caminho. E ele acaba finalmente por perceber que a sua emancipação tardia tem um preço…

Autor: Jonathan Coe
Editor: Dom Quixote (Abril, 2014)
Género: Romance
Páginas: 312
Original: Expo 58 (2013) [Goodreads] [WOOK]
   

Sobre o autor...
  Jonathan Coe nasceu em Birmingham, em 1961. Estudou no Trinity College, em Cambridge, tendo-se doutorado na Warwick University.
  Ensinou Poesia Inglesa nessa mesma universidade e trabalhou depois como músico profissional, compondo jazz e músicas de cabaré. Trabalhou também como revisor de textos legais antes de se tornar escritor e jornalista freelance. Em 2004, Jonathan Coe foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de França.

Livros de Jonathan Coe:

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