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0 Lisboa no Ano 2000

Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos, por escritores, jornalistas, cientistas e pensadores. Mergulhar nesta Lisboa é mergulhar numa utopia que se perdeu na nossa memória colectiva. 

Bem-vindos a Lisboa!

Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade. Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. Aqui, a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla. Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX! Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos, por escritores, jornalistas, cientistas e pensadores. Mergulhar nesta Lisboa é mergulhar numa utopia que se perdeu na nossa memória colectiva.

Autor: João Barreiros, João Ventura
Editor: Saída de Emergência (Janeiro, 2013)
Páginas: 438


Sobre os autores...
João Barreiros, licenciado em filosofia e professor do ensino Secundário, nasceu a 31 de Julho de 1952, numa humilde cidade que em breve iria cair na Sombra dos grandes Antigos. Quando se refez do choque, devorou milhares de títulos em todas as línguas a que conseguiu deitar mão, participou na feitura do Grande Ciclo do Filme de FC de 1984 patrocinado pela Cinemateca Portuguesa e Fundação Gulbenkian, escreveu dois vastos artigos para a Enciclopédia (hoje esgotada e objecto de culto para quem a conseguiu comprar).Dirigiu duas efémeras colecções para as Editoras Gradiva (Col. Contacto) e Clássica (Col. Limites) que o público português resolveu esquecer (pior para ele), publicou um vasto romance de quase 600 páginas com a discreta ajuda de Luis Filipe Silva (de seu nome "Terrarium"), precedido por uma colectânea de contos que chegou a perturbar algumas almas mais sensíveis (O Caçador de Brinquedos e Outras Histórias). Anos mais tarde dedicou-se à história alternativa (A Verdadeira Invasão dos Marcianos) que mereceu edição espanhola e simpáticas criticas no jornal El País. Em 2006, a editora Livros de Areia dedicou-lhe um chapbook com a publicação de uma das suas novelas "malditas": "Disney no Céu Entre os Dumbos".

João Ventura começou a escrever na adolescência, como muito boa gente, tendo visto alguma coisa (sobretudo poesia) publicada nos suplementos juvenis do Diário de Lisboa e República, de saudosa memória. Quando passou alguns anos fora do país voltou a escrever, talvez como reacção ao facto de ter de viver o quotidiano numa lingua estrangeira.Saltando por cima da presença em alguns concursos (por vezes premiado, outras não...), a fase mais recente da sua escrita tem início quando há alguns anos conheceu o "pessoal da FC", de que não cita nomes para não correr o risco de se esquecer de alguém. São eles que através dos sites, blogues e fanzines que editam, dos concursos e desafios que promovem, têm fornecido o estímulo para uma escrita com alguma continuidade. Como gosta das palavras, criou na blogosfera um espaço para elas, que naturalmente se chama "Das palavras o espaço", onde vai colocando textos com uma certa irregularidade.

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