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2 A Culpa é das Estrelas + Opinião

A CULPA É DAS ESTRELASApesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita.
PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado. 


AutorJohn Green
Editor: Edições ASA (2012)
Páginas: 256
Original: The Fault In Our Stars (2012)



A Culpa é das Estrelas bate recordes  A longa-metragem A Culpa é das Estrelas, adaptação do best seller de sucesso do norte-americano John Green, editado em Portugal pela Asa, que estreou ontem em Portugal, bateu todos os recordes ao conseguir 48 milhões de dólares de bilheteira nos primeiros três dias de exibição nos EUA.A história de dois adolescentes que se apaixonam num grupo de apoio a jovens com cancro continua a ser um êxito em Portugal quase dois anos depois da publicação estando actualmente nos primeiros lugares das tabelas de vendas das principais livrarias nacionais.   Nos EUA, o livro já vendeu 10 milhões de exemplares vendidos e foi considerado o melhor livro do ano pela revista norte-americana Time. Muito perto da genialidade, simplesmente devastador, escreveu o crítico Lev Grossman sobre o romance cujos direitos foram comprados pela Fox.O filme de baixo orçamento, protagonizado por  Shailene Woodley (que fez Os Descendentes ao lado de George Clooney e a saga Divergente) e Ansel Elgort, cilindrou Edge of Tomorrow, a aposta de Verão com Tom Cruise que custou quase 200 milhões de dólares.John Green, de 35 anos, tornou-se mundialmente conhecido em 2005, com o romance À Procura de Alaska (também editado pela Asa), inspirado no período em que passou num colégio interno, livro que lhe valeu numerosos elogios e prémios, o maior dos quais a comparação do narrador, Mike, com Holden Caulfield, de À Procura do Centeio, de Sallinger.    Saiba mais sobre o livro em leyaonline.com

Opinião...

Enquanto aluna universitária, houve uma patologia em especial que estudei com verdadeiro gosto e fascínio: a neoplasia.
A sua caprichosa complexidade impeliu-me a tentar adquirir o máximo conhecimento multidisciplinar possível sobre o tema...Esqueci-me, na altura, de adicionar a degradação psicológica, individual e familiar, à equação...Nunca pensei que fosse a única matéria que me viesse a fazer falta.
Isto para justificar que a minha opinião sobre A Culpa é das Estrelas é mais do que facciosa.

Desde o início do livro que sabemos que, desta vez, não vamos ter o desejado final feliz. Neste ponto fiquei com receio que A Culpa é das Estrelas se assemelhasse em demasia a Um Momento Inesquecível, de Nicholas Sparks (do qual gostei imenso, mesmo apesar do meu alheamento pessoal ao drama das personagens, na altura). Mas se Sparks apela desenvergonhadamente à comoção do leitor, John Green pegou numa história triste e comovente e escreveu-a com um tom deliciosamente jovial e leve - pensamentos profundos são partilhados sob leve comicidade, comentados com algum desprendimento quando o tema é tão temerário e traiçoeiro.
Green conseguiu transmitir de forma brilhante dois pontos chave: o choque perante a irreversibilidade da doença e a dor perante a nossa impotência.

Honesto, comovente, filosófico, tristemente doce...Já li sobre o assunto livros (técnicos e de ficção), artigos científicos, monografias, ensaios, dissertações...mas nenhum pedaço de texto me aproximou tanto da doença como este livro.
Esta irónica traição do nosso próprio corpo é lembrete constante de como somos imperfeitos na nossa busca pela perfeição.

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Outros Livros de John Green:

À PROCURA DE ALASKA  O Teorema de Katherine

2 comentários:

  1. Finalmente encontro um leitor que, segundo deduzi, não se centra essencialmente na história de amor em questão e, nos seus infinitos pormenores, mas sim na viagem ao "mundo do cancro".
    Não podia concordar mais quando afirma que "John Green pegou numa história triste e comovente e escreveu-a com um tom deliciosamente jovial e leve". Assim sendo, para mim, a linguagem utilizada no livro (severamente criticada por muitos) faz todo o sentido, dado que, a "voz" que mais nos envolve neste drama tem, somente, 17 anos e é genialmente engraçada, o que me fez esquecer todos os tubos que a preenchem fisicamente!
    Confesso que, inicialmente, também pensei que este seria um romance, comum entre tantos outros, até ao momento em descobri o verdadeiro tesouro deste livro :) De tantos comentários que li não encontrei qualquer referência a um dos aspectos que mais me comoveu (não, não foi o final da história), ou seja, a entrega e dedicação dos pais da jovem, a impotência sentida pelas diversas personagens que tinham plena consciência que o fim seria inalterável e que, apesar de toda a sua revolta interior, jamais se cansavam de sonhar e, não menos importante, não se tornaram pessoas com um carácter semelhante ao escritor que julgavam idolatrar.
    Obrigada pela partilha.

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    1. Concordo do início ao fim :)
      Há tanta coisa que pode ser dita sobre este livro e podemos ponderar sobre ele sob diferentes perspectivas, incluindo essa que mencionou: a dedicação dos familiares dos doentes oncológicos, que se comprometem a 100% mesmo quando a esperança é quase zero.
      É um livro muito especial, sem dúvida!

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