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0 Série Asteca: Orgulho Asteca + Sangue Asteca

~ «Orgulho Asteca» e «Sangue Asteca» ~ de Gary Jennings

Sinopse 
«O sexo e a religião, a formação e os amores, de um homem cuja vida é o símbolo de toda uma civilização. 
Considerado pela crítica como um dos melhores romances históricos americanos do século XX, Orgulho Asteca narra o fascinante cotidiano deste povo indígena no período da invasão espanhola. 
Um livro raro que reúne a riqueza e o drama da ficção com um profundo conhecimento histórico. Orgulho Asteca foi escrito depois de uma longa pesquisa que levou o autor a viver no México durante doze anos, estudando a história e a cultura dos povos. 
O leitor depara-se com um verdadeiro retrato do declínio e queda, da maior civilização pré- -colombiana, vista a partir da perspectiva do povo derrotado.»


Editor: Saída de Emergência (2007)
N.º de Páginas: 544

Título Original: Aztecs (1980)Cotação: 

 Orgulho Asteca (Vol.1)       Sangue Asteca (Vol.2)     Pack dois Livros!


Frases do Livro:
«Crescemos e olhamos para baixo, envelhecemos e olhamos para trás.» 
«E por tudo o que conto, não conto tudo o que se poderia contar…» 
«"Nunca antes homem algum tinha tido tanto cuidado com as sua vida. Vivia unicamente para continuar a viver." " O que lhe aconteceu?" "Morreu"» 
«Um homem que tem talento para escutar pode até ouvir coisas que não se tenham dito.» 
«Sim, na tua idade esperam-te muitos tipos de vida. Podes ir na direção que escolheres. Podes ir sozinho ou acompanhado. Os companheiros talvez caminhem contigo uma distância curta ou longa. Mas no fim da tua vida, não importa quão cheios tenham sido os teus caminhos e os teus dias, terás que ter aprendido o que todos aprendem. Então será demasiado tarde para começar de novo, demasiado tarde para tudo, exceto para o remorso. Nunca nenhum homem viveu mais do que uma vida e essa foi escolhida por ele próprio e a maior parte vive-a sozinho 

A Minha Opinião:

A história do Império Asteca, um dos mais mitificados e incompreendidos de sempre, não pode ser senão magnífica. Em Orgulho Asteca e Sangue Asteca, Gary capta a intensidade deste povo, sendo notável a profunda pesquisa realizada pelo escritor sobre os vários aspetos que constituem esta civilização…e a sua extinção, em 1521.

A minuciosidade da escrita de Jennings transporta-nos para os locais que descreve, criando cenários possantes - locais onde ocorreram as mais grotescas atrocidades, aqui descritas de forma bastante gráfica e explícita.

 A violência associada aos rituais de sacrifício, realizados com o objetivo de aplacar os deuses, pode tornar a leitura ligeiramente desagradável, dependendo da suscetibilidade do leitor. Segundo a crença dos astecas, o sol morreria se não fosse alimentado com sangue humano, e o mundo acabaria por ser destruído. Para impedir que tal acontecesse eram realizadas batalhas rituais em dias específicos apenas para capturar soldados que seria depois obrigados a subir os degraus da Pirâmide Maior, executar danças cerimoniais enquanto vestidos garridamente para a ocasião, para que depois lhes fossem arrancados os corações e os seus corpos atirados escadaria abaixo. Toda esta depravação acaba por transmitir uma faceta doentia ao livro, pelo que este não é, de todo, um livro recomendado a pessoas mais impressionáveis.

Digo doentio, mas é na verdade maravilhosamente doentio. Escabroso. Bizarro. Sangrento. Mas é tudo isto que o torna vibrante. Absorvente. Cheio de ação…Épico!
Os pormenores são obviamente a riqueza maior deste livro. Especialmente por serem verdadeiros: o zoo, as batalhas, os sacrifícios, a cheia no palácio de Ahuitzotl que resultou na sua morte, os presságios de Moctezuma II…

Um romance histórico cheio de acontecimentos inesperados que nos prende a atenção do início ao fim…

Em Portugal o livro foi editado em dois volumes: Orgulho Azteca e Sangue Azteca, mas pertencem ambos a um único livro escrito por Gary Jennings e originalmente publicado em 1980 (=Aztecs). Estes livros não devem ser confundidos com outro volume escrito por Gary sobre os Aztecas (Aztec Autumn), publicado em 1997 e não traduzido para português, nem com outros três volumes, também não traduzidos para Portugal, escritos pelo editor de Gary em conjunto com outro escritor, a partir das notas de pesquisa reunidas por Gary Jennings. 




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