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0 A História de Edgar Sawtelle


Sinopse:

«Hamlet recontado com um brilho extraordinário e tendo como cenário uma quinta remota em Wisconsin. Edgar Sawtelle, um menino mudo e muito inteligente, vive uma vida idílica com os pais. Há gerações que os Sawtelle criam uma carinhosa raça de cão, ilustrada na perfeição por Almodine, a companheira de sempre de Edgar. Mas quando o seu pai morre de repente em circunstâncias misteriosas, Edgar culpa-se a si próprio, por não ter podido gritar por socorro. Destroçado pelo romance desesperado da mãe com o tio paterno, o seu mundo muda para sempre quando, certa noite de Primavera, vê o fantasma do pai. Depois da tentativa falhada de provar a culpa do tio, Edgar foge com 3 cães, mas o amor à mãe e aos animais, e a vontade de vingança, levam-no de regresso a casa. Nada é como ele esperava, e terá de se decidir entre a vingança ou a preservação do legado da família.»

Editora: Bertrand (2009)
N.º de Páginas: 583
Título Original: The Story of Edgar Sawtelle
Cotação: 

Extras:


A Minha Opinião:

Um livro muito bem escrito, por um meticuloso observador de cães, recorrendo a uma belíssima linguagem e gloriosa escrita descritiva. Wroblewski mima-nos com uma belíssima relação de amizade, lealdade e compreensão entre um rapaz e o seu cão.

E é isto…se o livro não estivesse de facto tão bem escrito poderia aproximar-se perigosamente de uma grande, e gorda, desilusão!

A meticulosidade de Wroblewski estende-se até ao mais pequenos detalhes, tornando a leitura entediante, principalmente na segunda metade do livro. Este longo livro arrasta-se, por vezes, penosamente à medida que observamos as ações de Edgar Sawtelle, sem no entanto percebermos muito bem o que o leva a tomar as decisões que toma. Não chegamos sequer a conectar-nos verdadeiramente com Edgar, o que é estranho, já que passamos o livro todo "com ele". O autor deixa bastante por definir e explicar…e, apelando à vertente trágica, o fim constrói um final irritantemente amargurado, inacabado e desarticulado.

A escrita de Wroblewski é desmedidamente admirável…e é isso que salva a história do pobre Edgar Sawtelle...

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