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0 Helena de Tróida (Volume I e II) ~ de Margaret George


Sinopse:
«Filha de um deus, mulher de um rei, prémio da guerra mais sangrenta da Antiguidade, Helena de Tróia inspira artistas há milénios. E Margaret George dá nova vida ao grande conto homérico pondo Helena a narrar a própria história. Através dos seus olhos e da sua voz, vivemos a descoberta da jovem Helena sobre a sua origem divina e beleza avassaladora. Pouco mais do que uma menina, Helena casa-se com Menelau, rei de Esparta, e dá-lhe uma filha. Aos vinte anos de idade, a mulher mais bela do mundo estava resignada com um casamento desapaixonado - até encontrar o atraente príncipe troiano, Páris. E quando os apaixonados fogem para Tróia, guerra, assassínio e tragédia tornam-se inevitáveis. Em Helena de Tróia, Margaret George capturou uma lenda intemporal num conto hipnotizante acerca de uma mulher cuja vida estava destinada a criar conflito... e a destruir civilizações.»

Autor: Margaret George
Editora: Saída de Emergência (2010)
N.º de Páginas: Volume I = 368; Volume II = 352
Título Original: Helen of Troy (2010)
Cotação:

{Ler Excerto}

Volume I          Volume II


Frases do Livro:
«Não olhes demasiado perto para uma coisa, não te aproximes demasiado, ou o encanto pode desaparecer.» (~Margaret George)
«Até ao último dia de vida nenhum homem se pode considerar afortunado» (~Margaret George)
«Coisas simples têm implicações complexas.» (~Margaret George)
«Nenhum homem vale a chatice que causa.» (~Margaret George)
«Iriam aguentar: perseverança, essa triste  virtude das mulheres.» (~Margaret George)
«Eu quisera provar os sabores de uma vida normal, tinha rezado para ser libertada da minha posição de quase deusa. Agora tinha o que desejara. Mulheres normais eram rejeitadas, todos os dais mulheres normais ouviam os seus maridos dizer: "já não te amo". Mulheres normais iam para um quarto sozinhas. Mulheres normais procuravam nesse quarto a cara de alguém que só virava o rosto. Bem-vinda ao mundo normal, Helena. Gostas?» (~Margaret George)
A Minha Opinião: 


Mais uma vez, em Portugal, pagamos duas vezes pelo mesmo livro ao adquirir Helena de Tróia, já que foi publicado em dois volumes quando o original é apenas um… 

Mas ao menos assim consigo dividir facilmente a sua classificação: a primeira parte desta história merece 4 estrelas, mas a segunda parte apenas 2 o que resulta num total de 3 estrelas. Trata-se de um bom livro de ficção histórica, com salpicos de mitologia grega sem, no entanto, cair no exagero. 

Margaret George escreve-nos de forma muito competente e detalhada a história de Helena de Tróia. Uma vez que se trata e uma história já bastante conhecida, a hipótese de Margaret tornar a leitura interessante e levar o leitor a dar mais uma oportunidade a Helena era escrever muito bem essa mesma história e enchê-la de pormenores. Além disso, Margaret não termina a sua narrativa com a conclusão da guerra, como é habitual. Prossegue com a história de Helena, incluindo o seu regresso à família. 

O primeiro volume, embora lento, está escrito de forma muito rica e bonita, delicada e bastante feminina - é a própria Helena que nos conta a sua história. Mas no segundo volume parece que Margaret se cansou de Helena (eu, certamente que me cansei!) e o período da guerra arrasta-se, tornando esta parte do livro aborrecida de se ler (quando na verdade deveria ter sido a parte com mais ação e emoção). 

É óbvio que a história, na sua essência, não podia ser alterada mas é difícil gostar de um livro quando não simpatizamos com as personagens principais: Helena abandonou a filha, os pais, o marido e os irmãos. E isso já e meio caminho andado para não engraçarmos com ela. Na versão de Margaret George, o marido de Helena até nem era mau diabo e ela deixou-o a ele e à filha (!) para fugir com um miúdo - a diferença de idades entre eles torna esta relação ligeiramente perturbadora. Na descrição de Margaret, Páris transparece como insensato, irresponsável e até um bocadinho infantil. 

Além disto, para quem está a relatar a sua própria vida (ainda para mais uma vida marcada por grandiosos acontecimentos), Helena fá-lo sem emoção ou energia. Não há compromisso entre ela e o que nos está a relatar. 

Preferia até que história fosse contada pelo ponto de vista da irmã de Helena, já que aparenta ser mais vibrante e arisca. E assim, já que Margaret não nos consegue levar a gostar de Helena, podia apresentá-la como a mulher egoísta e egocêntrica que ela "era".

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