0 Cem Anos de Solidão ~ de Gabriel García Márquez
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Gabriel García Márquez
Sinopse:
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
Autor: Gabriel García Márquez
Editora: Dom Quixote (2009)
Páginas: 424
Original: Cien años de soledad
Frases do Livro:
«O segredo de uma boa velhice não é mais do que um pacto honrado com a solidão.»
«A literatura era o melhor brinquedo que se tinha inventado para gozar com as pessoas»
Não sei se irá transparecer como falha intelectual, mas sinceramente não fiquei nada impressionada com este livro. Nem compreendo porque haverá despertado tanta adoração - desconfio, contudo, que a existência de um certo Prémio Nobel seja o suficiente para influenciar muitas opiniões...
Consigo apreciar a mestria do grande escritor que é Gabriel García Márquez, mas tirando isso não considero esta leitura nada de mais, além de que a atribuição recorrente dos mesmos nomes a personagens diferentes, possuindo cada um deles uma qualquer característica fantasticamente especial, é bastante confusa e a consulta constante da árvore genealógica da família Buendía quebra o ritmo da leitura. Auxiliou-me o facto de conseguir ler este livro sem o pousar durante muito tempo, mantendo a identidade das personagens viva na mente. E ainda bem que sou forreta e comprei a versão mais barata, porque a outra não tinha árvore genealógica!
Não nos afeiçoamos às personagens na sua individualidade mas sim à família como um todo, ao ciclo formado pelas diferentes gerações de Buendía à medida que as suas vidas começam e terminam, sucedendo-se umas às outras, ficando marcadas por romances, conflitos, guerras - e a inabalável progressão do tempo.
A capacidade imaginativa de Gabriel García Márquez não conhece fronteiras nesta obra, mas torna-se complicado acompanhar tanta concepção inventiva. Contudo, e apesar dos detalhes interessantes e da maravilhosa capacidade de escrita do autor, este livro é demasiado surreal e bizarro para mim.
Todos sabemos que, no seu conjunto, as famílias são organismos complexos e caóticos, cheias de relações interpessoais conflituosas e atritos incoerentes. Os Buendía, encorajados pela falta de barreiras neste mundo criado por Márquez, apenas levaram isto a um extremo mágico...
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