Destaques

0 Pura Malícia



Sinopse: 

«Não é que Janey não tenha ficado feliz por ver a irmã, mas ser acordada às sete da manhã por Maxine, trajada de noiva e com escolta policial, não foi bem a maneira como planeara começar o seu domingo. Contudo, a vida nunca é entediante quando Maxine está por perto e Janey, a reconstruir a vida após o desaparecimento do marido, fica encantada com o regresso da irmã. 
As coisas só começam a aquecer quando Maxine põe a vista em Guy Cassidy, um fotógrafo de moda tão competente quanto deslumbrante - é que Janey sabe que não há limites para as tropelias que a irmã vai fazer para destruir a concorrência. 
O que elas não sonham é que a concorrência está mais perto de casa do que imaginam…» 

Género: Comédia Romântica 
Editora: Chá das Cinco (2011) 
Título Original: Sheer Mischief 
N.º de Páginas: 352
Cotação: 


A Minha Opinião:
Dentro do seu género, Pura Malícia é definitivamente um livro 4 estrelas…mas se comparado com a generalidade então somos obrigados a baixá-lo para 3 pela relativa falta de originalidade, simplicidade e leveza de conteúdo.

Mais uma vez, Jill concede-nos o prazer de apreciar uma leitura burlesca e cheia de peripécias cómicas que constituem uma história romanceada - muito ao estilo Mansell.

De leitura leve e prazerosa, muito longe de aborrecido, este livro dá-nos a conhecer duas irmãs muito diferentes entre si mas igualmente hilariantes. A elas, junta-se um elenco de personagens muito interessantes, que despertam a nossa empatia (…bem…nem todas…) e que, cada um à sua maneira, colaboram para o desenrolar da história principal. Até as crianças presentes na narrativa fazem o seu pequeno contributo, tornando as situações ainda mais deliciosamente caricatas.

Jill não perde tempo - o ritmo do livro corre de forma estimulante e, por vezes, inesperado. Surgindo sempre situações novas para somar à confusão central.

Desde o início do livro, quando nos cruzamos a meio da noite com Maxine vestida de noiva a tentar atestar o carro sem ter um tostão na carteira (Okay…ela nem a carteira tinha!), apercebemo-nos de que o livro vai ser, no mínimo, interessante!...

Contudo, e apesar de o final ser bastante agradável, parece ter sido composto de uma assentada - à pressa - centrando-se apenas em Guy e Janey. É comum que Jill Mansell baseie a história apenas na narrativa de como um casal acabou por ficar junto e pouco mais a partir daí, mas ao levar-nos a ganhar afeição a Maxine, deixa-nos pendurados no final a querer saber mais sobre o que lhe aconteceu, sobre os seus sentimentos acerca da reviravolta final da sua vida. Isto, claro, apesar de Janey ser claramente a protagonista - e esta é uma grande falha da edição portuguesa deste livro: na capa não figura Janey mas sim uma representação de Maxine (cabelo loiro compridíssimo, magrérrima e lindíssima). Mas pelo menos é uma capa bem mais bonita que a original!

Este é um daqueles livros que gostaríamos de recomendar mas nem sabemos bem como o fazer porque a história não é, só por si, nada de extraordinário…é a composição fenomenal do livro que nos cativa. Portanto alegar que «só lendo…» (enquanto exibimos distraidamente um sorriso nostálgico ao recordar as mais infames peripécias deste livro), parece-me ser a melhor solução para este caso!
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0 A Felicidade Mora ao Lado


Sinopse: 

«Tudo começa com um cortador de relva vermelho novinho em folha. Quando Nancy vê o seu presente de Natal no relvado, compreende que a jóia que pensava ser para si deve estar no corpo de outra mulher. A sua melhor amiga, Carmen, não está surpresa (ela nunca gostou do Jonathan) e convence Nancy a deixar Edimburgo e a instalar-se no seu apartamento de luxo em Londres, grande demais para Carmen desde que o seu marido - uma estrela milionária do "rock" - morreu. Pouco depois, Nancy conhece o delicioso Connor O'Shea - este vive mesmo ao seu lado - e a sua filha Mia, que tem grandes planos para o pai. Também Carmen, que sempre dissera não querer mais nenhum homem na sua vida, sente um arrepio quando está junto de Joe - um borracho que costuma fazer trabalho voluntário. Infelizmente Joe não é exactamente quem parece...» 

Género: Comédia Romântica 
Editora: Bertrand Editora (2011) 
Título Original: The One You Really Want 
N.º de Páginas: 560
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0 Amores Proibidos


Sinopse:


«Durante anos Jessie manteve em segredo a identidade do pai do seu filho Oliver, e fica em estado de choque quando descobre que o homem em questão, o famoso ator Toby Gillespie, acaba de se mudar para a casa ao lado. Será que a verdade está prestes a ser revelada? Bastaria um olhar de relance em direção a Oliver e alguma aritmética mental para Toby deslindar a situação. Mas será que ele é capaz de tal aritmética? E se for, qual será a sua reação perante um filho que desconhecia?
Se acha que a vida de Jessie já está muito complicada imagine só como vai ficar quando Toby se declarar: afinal, Jessie sempre foi a mulher da sua vida. E o pior é que Toby é casado e a sua deslumbrante mulher pode assistir a tudo da janela ao lado!»

Género: Comédia Romântica
Editora: Saída de Emergência (2011)
Título Original: Head Over Heals (1998)
N.º de Páginas: 400Cotação: 


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A minha opinião:

Amores Proibidos é um livro bem disposto e leve - ideal para intervalar com literatura mais pesada. 
Um romance moderno, cheio de personalidade, muito divertido e leitura fácil. Mansell aquece o ambiente com encontros românticos, traições, intrigas, casos amorosos ilícitos, mistério e algumas surpresas...!
Jill Mansell escreve de forma simples, colorindo-nos um livro cheio de cenas cómicas onde interliga inteligentemente diversas histórias a decorrer em simultâneo. Descreve-nos de forma deliciosa uma série de personagens cheias de falhas e defeitos caricatos, vítimas das situações mais hilariantes. Daqui nasce um dos poucos pontos negativos deste livro - a elevada quantidade de personagens torna difícil a entrada na história e cria alguma confusão inicial, mas que se ultrapassa relativamente bem.
A narrativa flui rapidamente, apenas a hesitação (justificável) da protagonista, Jesse, parece arrastar-se um bocadinho pela história mas Jill entretém-nos brilhantemente com os problemas pessoais de diversas outras personagens deixando que Jesse tome calmamente a sua decisão. 
Uma leitura fresca, cheia de bom humor e muita (muita!) barafunda!
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0 Doce Vingança


Sinopse:

«Miranda conhece Greg numa festa. Ele é bonito, divertido e descomprometido. Tudo o que uma rapariga precisa para dar emoção à sua vida. Céus, ele é praticamente perfeito! Claro que Greg não lhe contou que acabara de abandonar a mulher grávida. E quando a jovem socorre um sem abrigo na rua, mal sabe ela que está na verdade a participar numa experiência de televisão com o jornalista Daniel Delancey, que se delicia a transtornar a vida de Miranda. Um dia, um acaso leva-a ao encontro da mulher de Greg, e assim Miranda conspira a sua vingança e jura não confiar mais nos homens. Mas um encontro fortuito com o piloto de corridas Miles Harper convence-a de que talvez nem todos os homens sejam como Greg.»

Género: Comédia Romântica
Editora: Chá das Cinco (2009)
Título Original: Miranda's Big Mistake
N.º de Páginas: 368

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7 Irresistível Tentação


Sinopse:

«Quando Nadia Kinsella conhece o charmoso Jay Tiernan sente-se tentada. Retidos numa casa remota durante uma tempestade de neve, temos de admitir, nunca ninguém descobriria, certo? Mas Nadia há muito que encontrou o amor da sua vida. Chama-se Laurie, estão juntos desde sempre e Nadia ainda sente borboletas no estômago quando o vê. Bem, é verdade que não o tem visto muito nos últimos tempos, mas isso nem é culpa do Laurie. E ela não o pode trair! Para além do mais, quando se pertence a uma família como os Kinsellas, onde cada um é mais irresponsável do que o outro, alguém tem de dar o exemplo e resistir às tentações, não é? Afinal, não queremos fazer algo de que mais tarde nos arrependamos. Ou será que queremos?»


Género: Comédia Romântica
Editora: Chá das Cinco (2009)
Título Original: Nadia Knows Best (2002)
N.º de Páginas: 384


Cotação: 

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A Minha Opinião:

Ao estilo característico de Mansell, em Irresistível Tentação acompanhamos as histórias e dilemas de diversas personagens ao mesmo tempo - em especial da (muito) disfuncional família de Nadia. 

A autora mistura de maneira formidável romance com humor, criando um livro extremamente divertido e cativante. Mais uma vez, as personagens são caricatas, muito longe de perfeitas e bem caracterizadas, mas não exaustivamente, o que contribui para a leveza desta leitura. A destreza de Mansell leva-nos a desenvolver muito rapidamente empatia pelas personagens, torcendo pela sua felicidade e desmoralizando quando nem tudo corre bem para elas (o que é muito frequente)… Até mesmo com Clare, a irmã egoísta, má e egocêntrica de Nádia, cujas escolhas pessoais nem sempre são as melhores… 

Um livro ótimo para fugir à realidade, nada cansativo nem profundo, nem mesmo os múltiplos dramas familiares o tornam enfadonho, muito pelo contrário. É um livro para entreter, nada além disso. Pode não ser um livro memorável mas oferece horas de puro entretenimento garantido, como uma bolha escapatória de ar fresco. 

De leitura rápida, simples e básica, Irresistível Tentação deve ser visto como aquilo que é - comédia romântica leve. Porque dentro do seu género, é um livro formidável. O difícil mesmo é parar de ler (e de rir!).



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0 Encontro Inesperado + Opinião

  Na véspera do seu casamento, Poppy Dunbar conhece Tom. Ele é alto, atraente, dono de um sorriso irresistível, e Poppy não consegue livrar-se da sensação de o ter conhecido toda a vida. Combinam um encontro mas a jovem não tem coragem para aparecer. O problema é que também já não consegue avançar com o casamento. 
  Ganhando subitamente fama de destruidora de corações, Poppy decide partir para Londres e começar tudo de novo. Instala-se na casa boémia de Caspar French, um belíssimo jovem artista com reputação de sedutor, mas nem assim consegue esquecer Tom. E enquanto não o voltar a ver, nunca saberá se o encontro deles estava destinado, ou se foi apenas uma questão de timing...

Autor: Jill Mansell
Género: Comédia Romântica
Editora: Chá das Cinco (2011)
Páginas: 352
Original: Perfect Timing (2010)
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Opinião:
My rating: 4 of 5 stars

Jill Mansell esmaga completamente a ilusão romântica de amor à primeira vista...mas é um preço justo a pagar por tanta diversão!

Conhecemos Poppy Dunbar na sua despedida de solteira, na véspera do seu casamento com Rob McBride...um casamento que nunca se viria a realizar já que é nessa mesma noite que Poppy conhece Tom...

Tenho acompanhado, e apreciado imenso, o trabalho de Jill Mansell especialmente devido à boa disposição e humor com que nos narra os mais mirabolantes e caricatos contratempos que as suas personagens têm que enfrentar até conquistarem o seu Final Feliz.Neste género literário subvalorizado, Mansell cria óptimas escapatórias para o leitor: enredos leves que se destinam a puro entretenimento!

...E Encontro Inesperado não é excepção! Mansell cria a noção de que acontecimentos decisivos derivam de pequenas e macabras coincidências, conferindo à história rumos absolutamente inesperados...e, quando nos apercebemos de que qualquer coisa pode, e vai, de facto acontecer, agarramo-nos à leitura com interesse renovado!

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0 Paixões À Solta



Sinopse:


«Daisy MacLean é a diretora de um delicioso hotel rural. Desde que o seu marido infiel morreu num acidente de carro, tem-se mantido solteira e boa rapariga. Mas agora não confia em homens bonitos e charmosos, e é por isso que a antiga estrela de rugby, Dev Tyzack, não tem nenhuma hipótese em a conquistar. Pensa ela… Infelizmente o passado de Daisy está a intrometer-se no seu futuro. Quando menos espera, aparece Barney, o porteiro, com algo que pertencera ao marido que Daisy pensava ter conseguido esquecer. E para aumentar a confusão, não faltam outras personagens excêntricas como Tara, a criada sempre infeliz no amor; Dominic, cujo casamento se vai realizar no hotel mas que já não quer aquela noiva; ou o próprio pai de Daisy que mantém uma relação secreta. Desta caótica torrente de paixões à solta só poderá resultar um grande desastre. »

Ou talvez não!


Género: Romance (cómico)
Editora: Chá das Cinco (2012)
Título Original: Staying at Daisys (2008)
N.º de Páginas: 400
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0 A Autora - Jill Mansell



Desde criança que Jill escreve, começando por rabiscar longas histórias sobre ela própria e o seu irmão. Começou a escrever a sério há cerca de 18 anos após ter lido um artigo no suplemento de domingo sobre mulheres que ganhavam imenso dinheiro a escrever romances, o que a inspirou a inscrever-se em aulas à noite para escrita criativa. 

Afirma que adora escrever…quando está a correr bem…quando começa a correr mal, nem por isso… 

Visto que escreve os seus romances com papel e caneta tem que recorrer a um datilógrafo. Antes desta falecer era a sua própria mãe que datilografava os romances, daí que os seus primeiros romances não possuam cenas explícitas de sexo…agora, como as amigas da filha leem os seus livros, cenas deste tipo continuam de fora. 

Jill Mansell vendeu mais de três milhões de cópias. Atualmente vive com o seu companheiro e com os seus filhos em Bristol.

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0 Frase Sobre Livros

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0 Líbélula Presa No Âmbar (Outlander #2)


Wook.pt - Outlander N.º 2«Durante vinte anos Claire Randall manteve o seu segredo. Mas agora, de férias nas majestosas e misteriosas Highlands, Claire planeia revelar à sua filha uma verdade tão impressionante como os acontecimentos que lhe deram origem: o mistério de um antigo círculo de pedras, um amor que transcende os limites do tempo e a verdadeira identidade de James Fraser, um guerreiro escocês cuja valentia levou uma Claire ainda jovem da segurança do seu século de vida para os perigos de um outro tempo. Mas um legado de sangue e desejo vai testar Brianna, a sua bela filha. A fascinante viagem de Claire vai continuar em Paris, ao lado de Carlos Stuart, na corte intriguista de Luís XV. Jamie tem de ajudar o príncipe a formar alianças que o apoiem na reconquista do trono da Inglaterra. Claire, no entanto, sabe que a rebelião está fadada ao insucesso. A tentativa de devolver o Reino aos católicos resultará num banho de sangue que ficará conhecido como a Batalha de Culloden, e deixará os clãs escoceses em ruínas. No meio das intrigas da corte parisiense, Claire enfrenta novamente um velho rival, tenta impedir o morticínio cruel e salvar a vida do homem que ama.»


Género: Romance Histórico
Editora: Casa das Letras
Título Original: Dragonfly In Amber(1992)
N.º de Páginas: 1000




A Minha Opinião:


O início do segundo volume da Série Outlander é bastante confuso, deixando-nos na dúvida se se tratará realmente da sequela de Nas Asas do Tempo. À medida que a história vai avançando e o leitor começa a perceber que tudo o que conhecia se alterou e fica desmotivado…até que Claire começa a recordar o passado! 

Apesar de seguir num ritmo mais lento que o anterior, este livro é bastante fluído e ainda assim rápido, o que é um grande bónus já que o livro tem 1000 páginas…. A Libélula Presa No Âmbar é ainda mais rico em informação histórica com ótimas descrições da exuberância da Europa do século XVIII - intrigas políticas e dramas da corte. A riqueza dos detalhes torna o livro imensamente interessante, apaixonante e envolvente

Cheio de aventura, este volume divide-se em diversos momentos cómicos e dramáticos, acompanhando o amadurecimento do lindo romance entre Claire e Jamie que permanecem amantes apaixonados e grandes amigos. A intimidade e cumplicidade entre estas duas personagens torna-as memoráveis, com Jamie a destacar-se neste segundo livro da série como um guerreiro feroz mas eterno amante gentil. 

A brutalidade e descrições violentas continua presente, mas não creio que prejudique a obra, pelo contrário. Infelizmente, desta vez não temos apenas o ponto de vista de Claire, temos também o de Jamie e ainda, no início e final do livro, narrativa na terceira pessoa o que pode tornar-se confuso por vezes. Além disso não entendo o ponto de vista da protagonista quando se mostra disposta a alterar o rumo de toda a história da humanidade mas se recusa a matar o vilão, com receio que o seu marido no presente não venha a nascer…   

Embora termine de forma inquietante…este segundo volume superou as minhas expectativas!


✏ Série Outlander:
7 - An Echo in the Bone;
8 - Written in My Own Heart's Blood;
9 - Go Tell the Bees that I am Gone

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2 Nas Asas do Tempo (Outlander #1)


Wook.pt - Outlander N.º 1«Claire leva uma vida dupla. Tem um marido num século e um amante noutro… 

Em 1945, Claire Randall, ex-enfermeira do Exército, regressa da guerra e está com o marido numa segunda lua-de-mel quando inocentemente toca num rochedo de um antigo círculo de pedras. De súbito, é transportada para o ano de 1743, para o centro de uma escaramuça entre ingleses e escoceses. Confundida com uma prostituta pelo capitão inglês Black Jack Randall, um antepassado e sósia do seu marido, é a seguir sequestrada pelo poderoso clã MacKenzie. Estes julgam-na espia ou feiticeira, mas com a sua experiência em enfermagem, Claire passa por curandeira e ganha o respeito dos guerreiros. No entanto, como corre perigo de vida a solução é tornar-se membro do clã, casando com o guerreiro Jamie Fraser, que lhe demonstra uma paixão tão avassaladora e um amor tão absoluto que Claire se sente dividida entre a fidelidade e o desejo… e entre dois homens completamente diferentes em duas vidas irreconciliáveis. 

Vive-se um período excepcionalmente conturbado nas Terras Altas da Escócia, que culminará com a quase extinção dos clãs na batalha de Culloden, entre ingleses e escoceses. Catapultada para um mundo de intrigas e espiões que pode pôr em risco a sua vida, uma pergunta insistente martela os pensamentos de Claire: o que fazer quando se conhece o futuro?»



"São os Homens que acham que deve haver maus agouros e magia nas mulheres, quando é essa apenas a forma natural das criaturas."

- Nas Asas do Tempo  



Género: Ficção Histórica
Editora: Casa das Letras
Título Original: Outlander (1991)
N.º de Páginas: 770




✏ Série Outlander:
7 - An Echo in the Bone;
8 - Written in My Own Heart's Blood;
9 - Go Tell the Bees that I am Gone



A Minha Opinião:


Nas Asas do Tempo é aquilo que parece: um livro muito extenso e de leitura difícil. Mas eu penso que tem exatamente o tamanho necessário para ser o que é: formidável

Ao longo de todo o livro é mais do que notável a minuciosa pesquisa que Diana Gabaldon executou para o escrever, enriquecendo-o com uma vasta informação histórica. A conjugação de várias vertentes renova constantemente o interesse por esta leitura, sem que acabe por se tornar aborrecido. Este não é definitivamente um romance comum e não se consegue encaixar o seu género em nenhuma categoria específica, por muita boa vontade que se tenha. 



A dificuldade da leitura de Nas Asas do Tempo não advém do seu elevado volume mas sim pela pesadíssima dor emocional que nos transmite, chegando a ser emocionalmente esgotante. A obra é cativante, estimulante e envolvente, com diversas passagens divertidas e caricatas, isso é ponto assente, mas é também densa, violenta e a certa altura constrangedora e desagradável. Digo isto obviamente devido às cenas de violência sexual que além de brutais apresentam-se desnecessariamente de forma demasiado gráfica. 



Uma coisa é certa: Diana Gabaldon não se refreou na sua escrita nem na descrição dos acontecimentos e julgo que não deve ser censurada por isso. O facto é que escreveu um livro magnífico, muito bem estruturado, pegando em ficção científica e ficção histórica e lançando-as uma contra a outra…mas que não é um livro para todos… 



As personagens estão extremamente bem caracterizadas (Okay…convenhamos que Diana Gabaldon teve 772 páginas para o fazer…), pelo que o leitor consegue por si próprio descrevê-las com facilidade: Claire, a protagonista, é uma mulher forte e corajosa, persistente mesmo na adversidade, inteligente e que faz as nossas delícias com a sua personalidade arisca e ousada; já Jamie Fraser fascina-nos com o seu sentido de honra, dedicação e simplicidade. De facto, à medida que acompanhamos Claire na sua aproximação a James, a protagonista não é a única a apaixonar-se por este escocês abrutalhado das Terras Altas. Por baixo daquele ar insensível, desagradável e da sua especial apetência para a indelicadeza encontra-se um homem muito gentil e é muito interessante observar a diferença entre a interação desta personagem com outras e a sua interação com Claire, para quem conserva todo um lado romântico, sensível e carinhoso aparentemente nada relacionado com a sua personalidade rude. 


Estas duas personagens formam um casal formidável, com um nível de intimidade raro que cresce a partir do desenvolvimento de uma amizade muito especial, muitas vezes posta à prova graças à honestidade brutal que caracteriza ambas as personagens. 

Como se não bastassem estas duas personagens magnificamente construídas, as restantes figuras da trama surgem-nos elas próprias muito realistas e bem estruturadas, com interesses e motivações pessoais que conferem grande dinâmica ao livro. 

A narração está a cargo da própria protagonista mas não ficamos de todo limitados ao seu ponto de vista. Brilhantemente executado através de excelentes diálogos e da própria narração, Diana Gabaldon permite-nos aceder a outras perspetivas. Além disso, apesar de recuar no tempo, Diana não desperdiça tempo em contar-nos como eram as coisas naquela altura mas sim mostrando-as

Apesar da componente mágica já do domínio do fantástico, a autora consegue transmitir grande credibilidade e realismo à história que nos conta, revelando paradoxos interessantíssimos relacionados com a viagem no tempo. 

A passada da narrativa é relativamente rápida, embora se arraste em algumas partes como na parte da prisão . A cena em que Jamie agride Claire é das mais revoltantes que já li principalmente porque é transmitida como algo aceitável e compreensível/justificativo, ideia que eu não consigo conceber mesmo tentando contextualizar historicamente algo que na altura podia não ser visto como abuso…mas Claire não era desse período, viajou no tempo para o passado e foi-nos apresentada como uma mulher independente, moderna e sem papas na língua...mas que nesta passagem nada faz para se defender nem parece ofender-se muito com o sucedido...pelo que acho que nesta cena Diana Gabaldon perdeu completamente as personagens que se tinha esforçado até à altura para construir. 

Além do mais, indo esta cena de encontro ao sadismo do próprio vilão da história é muito desagradável para o leitor comparar neste ponto o herói que já admirávamos pela sua integridade moral com um vilão deste calibre pelo qual somos impelidos a sentir repulsa e nojo. Não penso que a introdução desta cena no livro seja de todo compreensível e creio que  só teria a ganhar se tivesse sido publicado sem ela. 

Um outro ponto menos positivo é a facilidade com que Claire se adapta à nova vida, como se viajar no tempo fosse algo completamente natural e também o desembaraço com que parece esquecer-se do marido que tinha no presente e dos seus sentimentos por este. 

É pela cena da agressão de James a Claire e não a arrojada descrição dos abusos sexuais que me recuso a dar mais do que três estrelas a este livro.  A cena de agressão a uma mulher faz-nos ficar de pé atrás com o herói da trama e desilude-nos quando penso que não era essa a pretensão da autora. E a falta de reacção por parte de Claire vai totalmente contra a personalidade que lhe foi atribuída. Quanto à cena de abuso, apesar de violenta e repulsiva, está bem escrita e cumpre a sua função no livro: chocar o leitor, drená-lo emocionalmente, levá-lo a repudiar fortemente o vilão e transmitir-lhe a dor de James. E eu penso que é a transmissão de sensações em bruto para o leitor, sejam elas boas ou más, de alegria ou tristeza, fascínio ou repulsa, que definem um bom livro... Um livro que não nos transmite sensação/sentimento algum não pode ser um bom livro.

✏ Série Outlander:
6 - A Breath of Snow and Ashes;
7 - An Echo in the Bone;
8 - Written in My Own Heart's Blood;
9 - Go Tell the Bees that I am Gone
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7 A Série Outlander







A aventura tem início com o livro Nas Asas do Tempo (Outlander #1) e expande-se por mais oito volumes, todos best-sellers do New York Times com 19 milhões de cópias impressas em todo o mundo.

Publicada em 26 países e traduzida para 23 línguas, esta série é difícil de classificar uma vez que, à ficção histórica, como Diana escreveu o romance para ela própria e não fazia intenção de o mostrar a ninguém, adicionou-lhe história, guerra, medicina, violência, sexo, espiritualidade, honra, traição, vingança, esperança, desespero, relacionamentos, construção e destruição de famílias e sociedades, viagem no tempo, ambiguidade moral, espadas, ervas, cavalos, jogo…

Cada livro da série é único em estrutura, na forma como a história é revelada e no próprio tema pelo que podem ser lidos independentemente da ordem pela qual foram publicados. A sub-série sobre Lord John Grey faz parte da série principal com John Grey como personagem principal mas com Jamie Fraser a desempenhar um papel muito importante. A grande diferença entre as sagas é a ausência de Claire nos livros de Lord John Grey já que esta não estava ainda presente naquela altura. A sub-série pode ser lida independentemente da série principal e a ordem não é relevante mas é aconselhado que se inicie a sub-série após a leitura de Voyager (ainda sem publicação em português).

O romance gráfico, The Exile, engloba algumas partes do livro Nas Asas do Tempo (Outlander #1) e compõe outras originais, oferencendo um novo ponto de vista sobre o que aconteceu no primeiro livro da série. 

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Em Portugal estão publicados os três primeiros livros desta série.


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0 A Autora - Diana Gabaldon


De ascendência mexicana e inglesa, Diana Gabaldon é autora da saga Outlander (best-seller do New York Times) e também de outros trabalhos como o romance gráfico The Exile, ilustrado por Hoang Nguyen e uma outra saga não publicada em português sobre Lord John Grey, uma personagem secundária da série Outlander - Lord John And The Private Matter, Lord John and The Brotherhood Of The Blade, Lord John And The Hand Of Devils e Lord John And The Scottish Prisioner
Licenciada em Zoologia e Biologia Marítima, trabalhou como professora durante 12 anos antes de começar a escrever ficção. Escreveu artigos científicos e livros escolares, colaborou no desenvolvimento da Encyclopedia Of Computers, fundou a revista científica Science Software Quarterly e escreveu diversos livros de banda desenhada para a Walt Disney.
  


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